02/08/2015 - Depois da tempestade
Curitiba, triste, amanhece,
como o coração merece.
É o tempo certo.
Mas um nó aperta o pescoço.
Hoje, eu não existo.
Choro a cada lembrança.
As crianças brincando, seus risos.
Desculpem-me, meus filhos.
As melhores intenções, as melhores ações não são capazes de concretizar aquilo que com elas se deseja.
Somos fracos.
Somos crianças mimadas.
Quem é capaz de crescer e olhar além de si mesmo, além do que pensa?
Me afastei para ver crescer.
E foi isso que me levou à queda.
Foi por isso que me derrubaram.
Lealdade.
Nunca quis o desgaste.
Tentei deixar o caminho plano.
Não ouvi ecos aos meus apelos.
Estava pensando no que eu queria fazer:
Primeiro, pensei em não fazer nada;
Depois, quis esquecer;
Depois, vi que o que queria de verdade era te abraçar pra nunca mais te soltar.
Mas como prender aquele que nasceu pra voar?
Seus voos sempre serão altos.
Não dá pra segurar o vento livre.
Nunca bateram à minha porta.
Não fiz isso tantas vezes quanto queria.
Sonhos:
Crescer ao lado de amigos.
Ver os filhos brincarem juntos com risos frouxos.
Basta apresentar a Palavra com fidelidade e oração.
Imagem e Semelhança.
Sonhar o Bem;
Ser capaz de concretizá-lo.
Resquícios de Deus que nem o pecado apaga.
Amar.
Eu tenho tanto, pra te falar ...
Enfim, Livres! - Pregação 2006
Há 12 anos