quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Pensement

02/08/2015 - Depois da tempestade

Curitiba, triste, amanhece,
como o coração merece.

É o tempo certo.
Mas um nó aperta o pescoço.

Hoje, eu não existo.

Choro a cada lembrança.
As crianças brincando, seus risos.
Desculpem-me, meus filhos.

As melhores intenções, as melhores ações não são capazes de concretizar aquilo que com elas se deseja.

Somos fracos.
Somos crianças mimadas.
Quem é capaz de crescer e olhar além de si mesmo, além do que pensa?

Me afastei para ver crescer.
E foi isso que me levou à queda.
Foi por isso que me derrubaram.

Lealdade.
Nunca quis o desgaste.
Tentei deixar o caminho plano.
Não ouvi ecos aos meus apelos.

Estava pensando no que eu queria fazer:
Primeiro, pensei em não fazer nada;
Depois, quis esquecer;
Depois, vi que o que queria de verdade era te abraçar pra nunca mais te soltar.

Mas como prender aquele que nasceu pra voar?
Seus voos sempre serão altos.
Não dá pra segurar o vento livre.

Nunca bateram à minha porta.
Não fiz isso tantas vezes quanto queria.

Sonhos:
Crescer ao lado de amigos.
Ver os filhos brincarem juntos com risos frouxos.
Basta apresentar a Palavra com fidelidade e oração.

Imagem e Semelhança.
Sonhar o Bem;
Ser capaz de concretizá-lo.
Resquícios de Deus que nem o pecado apaga.

Amar.
Eu tenho tanto, pra te falar ...