terça-feira, 17 de abril de 2012

Conversa de Homem para Homem

Ontem o Mateus me surpreendeu por duas vezes.
A primeira, quando vieram me pegar no trabalho para voltar para casa.
Ele já havia conversado com a Jaque, mas me disse: Estou preocupado, porque não sei como vou conseguir arrumar uma namorada.
Fazer o quê? Achei que teria essa conversa primeiro com a Giovana e não com ele, em especial, aos cinco anos.
Falei, então, para ele não se preocupar porque nós iríamos ajudá-lo a encontrar alguém legal, principalmente, porque o Papai do Céu estaria procurando alguém legal, também, e bastava que ele conversasse com Deus para ir aprendendo a ouvir a voz Dele e, no momento certo, Deus iria indicar alguém para ele namorar.
Ele me perguntou como eu conheci a Jaque e foi legal falar disso para ele, de como Deus nos uniu.
Disse que o que ele precisa agora é aprender a conhecer a Deus e fazer as coisas de criança, como jogar bola, estudar, brincar, e conhecer mais a Deus. Também falei que nós iríamos ajudar e que, provavelmente, ele iria encontrar sua namorada só na faculdade e que deveria, inclusive, ser sua amiga antes de ser sua namorada.
Parece que ele entendeu :-)

Depois, no fim da noite ele me disse na cozinha, antes subir para dormir: Agora, vamos orar a Deus para que você pare de comer unha.
Oramos juntos, ou melhor, ele orou por mim pedindo para Deus me ajudar a parar de comer unha e eu o agradeci.
Ele disse, antes de subir, que agora, quando eu colocasse a mão na boca Deus iria fazer eu abaixar a mão na mesma hora.

Hoje (17/04/12) de manhã, enquanto tomava banho, ele senta do meu lado e me pede para ver se eu ainda comia unha.

Estou impressionado e muito feliz!

E não é que até agora, quando olho para minhãs mãos eu não consigo nem colocá-las perto da boca?!?!

Que Deus continue fazendo-os crescer em graça, sabedoria e santidade. Com um coração sempre pronto para ouvir e obedecer a Deus. E um sorriso sempre alegre nos lábios.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Jabuticabas

Hoje, na Aula de Introdução à Engenharia Agronômica, o professor sugeriu que fosse feito um texto com alguns elementos que ele apresentou (as palavras sublinhadas).
No início pensei que não iria sair nada de bom, já que o tempo era curto, mas me surpreendi tanto com a criatividade de alguns colegas quanto com o texto que consegui fazer.
Buscando a idéia no texto já conhecido do Ricardo Gondim sobre jabuticabas, eis o texto que saiu:
(aliás, valia uma caixa de bombom, e, pela votação da classe, acabei dividindo a caixa de bombons com outro texto bem interessante de outros colegas. Fica aqui o registro para posteridade :-)

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Jabuticabas

Aprendi algumas coisas com as jabuticabas.
Lembro do tempo em que elas enchiam minha cesta.
Quando jogar bola no campinho era mais importante do que a Copa do Mundo.
Quando os peixes teimavam em fugir do anzol de minha vara de pescar nas tardes vagarosas de um fim de semana que, às vezes, furava sete dias.
Quando, com gosto de bolo de milho na boca - e um grande pedaço na mão - saía com os amigos à caça de passarinhos.
Ainda bem que meu estilingue não tinha cira adequada, o que podia atestar pelos risos que ouvia das minhas prestensas vítimas.
Hoje, eu faço coro com os risos dos pássaros e caçoo de mim mesmo pelo tempo perdido em querer ser 'gente grande' da forma errada.
Para aproveitar cada jabuticaba que ainda existe em meu cesto, procuro escutar mais músicas do que notícias em meu rádio.
Procuro estar mais com a família e amigos para aproveitar uma cuia cheia de chimarrão, ou, mesmo, um café requentado em boa companhia.
E, quando estou sozinho, não penso mais na letargia de um passado saudoso, mas no presente que se constrói com aqueles que, também, têm aprendido a dar valar a cada jabuticaba que existe na cesta.
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