sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pranto em Dança

Meditando sobre o livro de Henri Nouwen "Transforma meu pranto em dança", pensei que o título é bem inspirador. Transformar pranto em seu antônimo, o riso, a alegria, é uma mudança que parece não confrontar diretamente o problema, pois, o pranto, é situação cotidiana em nossas vidas, bem como a alegria e o riso. Não parece adequado viver mascarado para ficar alegre. A questão parece que, para mim, pelo menos, nunca é "mudar" de estado, mas saber viver bem em toda situação.
Assim, em seu livro, Nouwen é magistal ao indicar que o sofrimento é uma dança e que o Criador nos convida a dançar e quer nos ensinar os passos.
Toda dança, ainda que triste, é bela em sua essência. E essa beleza transforma. Toda dança, ainda que represente a dor, eleva nosso espírito mais do que o riso.
Enfim, todo dançarino, após seu espetáculo, seja ele doloroso ou vibrante, se encontra extenuado, mas com uma satisfação tamanha que é, então, capaz de, com seus gestos desconhecidos pelos amadores mas tremendamente insólitos, convidar à dança aqueles que se encotram estáticos diante da dor.
A dança transforma, consola, agrega, e, ao mesmo tempo, não me obriga a disfarçar a dor mas a usa como mote para algo divino.

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